Terça-feira, Agosto 07, 2007

Histórias de Verão

Lá diz o povo e com razão: “Patrão fora, dia santo na loja”. Duas histórias que aconteceram segunda-feira ilustram bem as diferenças. Numa delas, envolvendo a equipa de futebol do FC Porto, cuja viagem de Amesterdão para o Porto acabou em… Lisboa. Ao reclamar junto da tripulação do avião da TAP, o director-geral Antero Henrique lá terá sido menos pulido e acabou por ser identificado pela polícia. Ao assistirem à cena, todos os jogadores, técnicos e outros dirigentes logo se levantaram e abandonaram o avião em solidariedade. A comitiva portista viajaria de Lisboa para o Porto de autocarro. Mais a Norte, em Famalicão, um vereador da Câmara apresentou mais uma festa chamada “Carnaval de Verão”. Mesmo no meio de uma guerra entre a Câmara e a Associação Comercial, por causa do encerramento das ruas ao trânsito durante o fim-de-semana, vemos nos jornais a fotografia da conferência de imprensa com o presidente dos comerciantes ao lado dos vereadores da autarquia. Das duas uma: ou a desorientação é muito grande na maioria popular da Câmara ou então os vereadores responsáveis por mais este “Carnaval” traíram o presidente, que, ao que consta, está de férias. Uma coisa é certa: conhecendo eu Pinto da Costa como conheço, se uma coisa destas acontecesse no FC Porto dava direito a despedimento.

Quarta-feira, Agosto 01, 2007

Dias de calor...

O Instituto de Virgílio Costa

Uma descoberta: no seu currículo académico, o deputado Virgílio Costa informa que andou a estudar num tal Instituto Comercial. Que instituto será esse?...

O futuro deputado

As conversas que animam as tertúlias dos militantes do PSD de Famalicão giram em torno do futuro deputado que deveria substituir o conhecido empresário Virgílio Costa no parlamento nacional, nas eleições de 2009. Dizem nos cafés da juventude que na corrida está o vereador Jorge Paulo Oliveira, também conhecido por "Paulo Maleiro", cuja presença em tudo o que mexa por esse concelho fora já é vista como um treino intensivo para as duras intervenções que se avizinham na Assembleia da República. Mas Virgílio Costa parece indisponível para deixar o lugar de deputado a qualquer rapaz novo... A coisa promete...

Perfeito, perfeito… era o parque de Sinçães com casas de banho

O parque de Sinçães, uma pequena mancha verde localizada no centro da cidade de Famalicão, é um dos locais mais agradáveis, enquanto refúgio dos dias de calor que se têm feito sentir nos últimos tempos. Com as creches e escolas fechadas para férias, é o local ideal para os avós ou os pais que têm disponibilidade, levarem as crianças para brincar ou descansar um pouco na relva. À noite, centenas de famalicenses aproveitam este espaço para fazer um pouco de exercício, através de caminhadas, corridas ou até de bicicleta.
É portanto, um local que promove o salutar convívio entre as gerações. É um espaço público que fomenta o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos famalicenses.
No entanto, como não existe bela sem senão, também aqui existe uma enorme falha: é que o parque de Sinçães não dispõe de casas de banho. Logo, sempre que as necessidades fisiológicas apertam, as pessoas são obrigadas a ir embora. Com as crianças é sempre mais complicado.

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Segunda-feira, Julho 30, 2007

Comerciantes

Montra da Louis Vuitton em Paris. Foto de F. Marcellin/Louis Vuitton

Não percebo por que é que o presidente da Associação Comercial de Vila Nova de Famalicão, António Peixoto, não quer algumas das ruas mais centrais da cidade encerradas ao trânsito. E percebo menos ainda depois de ter lido algures que o encerramento das ruas, que vigora a título experimental neste Verão, só acontece aos sábados e aos domingos, quando a maioria das lojas estão fechadas. É caso para perguntar: os dirigentes da associação comercial estão a defender os seus interesses pessoais ou os interesses dos comerciantes?

Segunda-feira, Julho 09, 2007

O verbo de encher

O Governador Civil de Braga é, afinal, um verbo de encher. Em vez de contribuir para resolver os problemas de Vila Nova de Famalicão, Fernando Moniz prefere andar engalfinhado em guerras verbais com o presidente da Câmara, Armindo Costa, defendendo um Governo que é indefensável. O que é um facto é que o Governo entregou a um empreiteiro a obra de construção de um quartel para a GNR de Joane. Isso, segundo contam agora os jornais nacionais, foi em Junho de 2006, portanto, há mais de um ano. E a verdade é que a obra ainda não começou. Foi isso que denunciou, e muito bem, o presidente da Câmara, em defesa dos seus munícipes. Isto seria um escândalo em qualquer país civilizado. Mas estamos em Portugal. Logo, em vez de assumir a culpa, Fernando Moniz insiste em defender um Governo centralista, que está a borrifar-se para o resto do país. O dr. Fernando Moniz, que quer ser presidente da Câmara de Famalicão, não vai chegar lá se continuar assim a defender quem lhe dá o tacho, nomeadamente atacando o povo que se manifesta na rua, como aconteceu com a manifestação dos trabalhadorse em Guimarães.

Quinta-feira, Junho 28, 2007

O grande projecto

Segundo ouvi na rádio, a Câmara Municipal apresentou o projecto da nova Cidade Desportiva de Vila Nova de Famalicão. Pensando bem, seis anos depois de assumir a presidência, Armindo Costa apresentou o seu primeiro grande projecto para um grande concelho. Ou seja, aquele que a oposição não pode vir dizer que tinha sido idealizado por Agostinho Fernandes. É algo de novo. E, por aquilo que ouvi, há uma grande arquitecta a trabalhar. Depois de um início de segundo mandato mais ou menos frouxo, a maioria PP-PSD começou agora a trabalhar para conquistar 2009.

Terça-feira, Junho 26, 2007

A lei do tabaco

De acordo com o Diário de Notícias da edição de hoje, o Tabaco matou 12600 portugueses em 2005. Segundo o estudo citado, da autoria da Universidade Católica Portuguesa, o tabaco custou 490 milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde, o que corresponde a quase 10% dos gastos em saúde do Estado em 2005. O estudo acrescenta ainda que o fumo é mais comum e lesivo para homens do que para mulheres, e no total tirou 146 mil anos de vida a portugueses que morreram ou ficaram incapacitados.
O assunto parece sério. Ou melhor, o assunto é sério e diz respeito a todos nós. É uma questão de saúde pública.
No entanto, apesar dos factos apresentados, e de se saber de antemão que parte das vítimas das doenças tabágicas são fumadores passivos, os responsáveis pela saúde pública continuam de braços cruzados.
Ao flexibilizar a nova lei anti-tabaco, atribuindo aos proprietários de bares e restaurantes o direito de escolha sobre a permissão ou proibição de fumar no seu estabelecimento, o Governo está, mais uma vez, a sacudir a água do capote, no que diz respeito a este assunto.
Tendo em conta as diversas sondagens efectuadas, nesta área, uma larga maioria dos portugueses é contra o tabaco nos recintos fechados, nomeadamente nos restaurantes. Apesar disto, o Governo continua a não ouvir os portugueses e seguir o exemplo muito mal sucedido da nossa vizinha Espanha. Por sua vez, os comerciantes batem palmas de contentes, pois sempre contestaram a primeira proposta da lei anti-tabaco, em nome da fidelidade dos clientes fumadores.
Enfim, quem se lixa são os portugueses não-fumadores que vão ter de continuar a comer Cabrito assado com aroma a fumo; bacalhau à Zé do Pipo com cheiro a nicotina; entre outros saborosos pratos da cozinha tradicional portuguesa, sempre acompanhados do cheiro a tabaco.

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Segunda-feira, Junho 25, 2007

Apresentação

É só uma experiência de um novato nestas coisas da blogosfera. Faço hoje a minha estreia neste blog. Saudações a todos os famalicenses e demais leitores do Famalicão XXI. Sou o Espaço Público e agradeço o convite da Ana, do Ricardo e do Jorge!

Frase do ano ou perto disso

"O PSD [de Vila Nova de Famalicão] é hoje um partido onde muita gente, gente de mais, passou a meter o bedelho."
Professora Edna Cardoso, militante do PSD, "O Povo Famalicense", 03-04-2007

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Quarta-feira, Junho 20, 2007

O homicida de S. Cosme do Vale

Um rapaz de 18 anos foi condenado a 17 anos de prisão por ter morto um idoso na freguesia de S. Cosme do Vale, nos arredores de Vila Nova de Famalicão. O homicida confessou o crime perante o juiz. Deu um tiro na cabeça de um velho para lhe roubar uma carteira com 70 euros. O crime não tem desculpa, mas é preciso perceber o ambiente que gerou este homicida, que também é suspeito de ter morto uma idosa na mesma zona. É uma história dramática que passa ao lado dos jornais e das rádios, que só publicam ou relatam o que lhes dão. Este rapaz de 18 anos é filho de pai alcoólico. Um pai que lhe batia todos os dias. Desde criança. Até que um dia foi posto fora de casa. Vivia num carro abandonado. Abandonado à sua sorte desde a infância. Deu no que deu. Agora, aos 18 anos, vai para a prisão. É capaz de ir para melhor.

Segunda-feira, Junho 18, 2007

O circo de Braga

A relação entre o presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, e o programador do Theatro Circo, Paulo Brandão, já conheceu dias melhores. Como sabemos, o famalicense Paulo Brandão, que é um cosmopolita que gosta de andar na vanguarda - o que é uma qualidade num país nivelado por baixo -, não gosta de interferências no seu trabalho. Foi assim que teve sucesso na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, onde Armindo Costa lhe proporcionou todo o apoio possível, liberdade para programar e meios para comunicar o trabalho para o exterior. O resultado foi o melhor: para o público, para a Casa das Artes e para a Câmara Municipal. Até que Mesquita Machado resolveu abrir os cordões à bolsa, até aos seis mil euros mensais, o tal "euromilhões" de que falou Armindo Costa quando, impotente, por não poder acompanhar a parada do edil socialista de Braga, teve que deixar sair o programador Paulo Brandão. Agora, decorrido que está um ano sobre a transferência mais cara entre as Câmaras da região do Minho no ano de 2006, parece que Paulo Brandão - que tem um lugar na administração do Theatro Circo e estará nos quadros da empresa - está cada vez mais farto de Mesquita Machado, que não abdica de abrir o Theatro Circo ao folclore e à música pimba. Há dias foi notícia em Braga uma onda de apoio à política cultural da cidade, em especial desde que o Theatro Circo começou a funcionar. Era o sinal público das desavençs internas. Mesquita manda, a vereadora da Cultura obedece e, dentro do Theatro Circo, há uma velha raposa do mesquitismo chamada Rui Madeira, que Brandão tem de aturar todos os dias. É o Theatro Circo na verdadeira acepção do nome!...

Quarta-feira, Junho 13, 2007

Democrático, mas pouco

O prof. António Cândido Oliveira, um autarca eleito pelo PS, que foi deputado municipal e que agora faz parte da Assembleia de Freguesia da cidade, abriu um blog, o que saudamos. Chama-se Democracia Local. Mas o nome é só para enganar os incautos... O blog serve para o prof. Cândido lançar as suas queixas e apresentar as suas críticas à Câmara Municipal à escala planetária, o que potencia enormemente a capacidade da oposição. Saudamos isso, porque esta maioria que governa Famalicão precisa de uma oposição forte e atenta. O que não saudamos é que o blog do prof. Cândido tenha muito pouco de democrático, pois não permite comentários dos leitores. Não permite a participação, nem o contraditório. O que é lamentável, porque a democracia não pode ser praticada só da boca para fora.

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Terça-feira, Junho 12, 2007

Já chegamos à Trofa...

O concelho de Vila Nova de Famalicão tem mais de 150 anos, mas nestas Festas Antoninas está a ser ajudado pelo neófito município vizinho da Trofa. Ao que parece, a Câmara de Famalicão já não tem dinheiro para comprar barreiras de trânsito. Pelo menos, as que são a ser utilizadas nas Festas Antoninas estão identificadas como sendo do Município da Trofa. É a chamada cooperação intermunicipal...

Segunda-feira, Junho 11, 2007

Sempre a despachar

Estão aí as Antoninas de Famalicão, as grandes festas do concelho. Como tem sido tradição, nos últimos anos, na noite de 10 de Junho, saiu à rua o Cortejo Histórico, um evento protagonizado por várias associações do concelho e que habitualmente chama à cidade muitos milhares de famalicenses e visitantes. No entanto, este ano, o 10 de Junho calhou a um domingo, sendo que no dia seguinte, segunda-feira, toda a gente trabalhava, inclusive os participantes no Cortejo.
Como ninguém se lembrou de alterar a data do evento, em tempo útil, para que todos pudessem assistir calmamente ao espectáculo, o Cortejo Histórico deste ano acabou por se tornar num “ver se te avias que isto tem que acabar antes da meia-noite”. Para despachar a coisa, o senhor do micro, um tal de Sr. Marques, não esteve com meias-medidas, despachando os quadros com frases como “andando, andando”, ou “vamos lá ao próximo”.
Exemplo máximo desta vontade em acabar rapidamente com o cortejo, foi quando ainda Joana d’Arc ardia na fogueira e já o quadro seguinte ia entrando, com o Sr. Marques a ler a nota introdutória, com tal celeridade, que ninguém percebeu nada.
No final, era evidente a frustração daqueles que há meses preparavam a sua apresentação

P.S. Não fica nada bem a um homem da rádio utilizar termos como “Obrigados”; “Prontos” para além da troca constante dos “Vês” pelos “Bês”.

As Sirenes

Sempre que regresso à santa terrinha, há um factor que me recorda frequentemente que estou em Vila Nova de Famalicão: o barulho das sirenes dos bombeiros e ambulâncias. Parece que a tradição, que já dura há várias décadas, teve origem nos despiques constantes entre os Bombeiros de Famalicão e os Famalicenses. Numa luta desenfreada para ver quem chegava primeiro ao local da tragédia, os bombeiros ligavam a sirene no máximo, para marcar território. Os anos passaram, mas a concorrência mantém-se. Para quem nunca viveu fora de Famalicão, pode parecer normal que uma ambulância em situação de aparente emergência circule com as sirenes ligadas, independente da estrada estar deserta e da hora do dia… Mas não é.

Quarta-feira, Maio 30, 2007

Unanimidade

O famalicense Nuno Melo, além de ser o presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalcão e da Comissão Política Distrital de Braga do CDS/PP, é uma estrela emergente no partido de Paulo Portas. Com o regresso à liderança do ex-ministro da Defesa, e depois de ter dado o peito às balas no combate feroz entre Portas e Ribeiro e Castro, Nuno Melo voltou à ribalta, tendo sido eleito vice-presidente da Assembleia da República. Na Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, por iniciativa do presidente Armindo Costa, foi apresentado um voto de congratulação pelo novo cargo de Nuno Melo, que mereceu a aprovação unânime do executivo. Um bom sinal. Os vereadores conseguiram ultrapassar as barreiras partidárias, que por vezes são pouco recomendáveis, e estiveram unidos no essencial: na congratulação pelo êxito externo de um político famalicense. Um voto de congratulação vale o que vale. É mais um sinal do que outra coisa. Mas é assim que Famalicão se torna mais forte.

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Terça-feira, Maio 29, 2007

Responder na mesma moeda


A JSD de Setúbal respondeu ao ministro das Obras Públicas, Mário Lino, na mesma moeda. Depois do ministro ter dito que "fazer um aeroporto na margem Sul seria um projecto megalómano e faraónico, porque, além das questes ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas", a JSD de Setúbal não esteve com meias medidas e apressou-se a mostrar ao ministro onde fica afinal o deserto e onde estão os camelos. Esta foi uma forma bem engraçada e criativa de responder às "faraónicas" declarações do ministro. É mais desta irreverência, própria da juventude, que faz falta à política nacional.

Sábado, Maio 26, 2007

Sinalização

A sinalização em Famalicão está longe de dar um sinal de modernidade da cidade. A Casa das Artes, por exemplo, uma grande obra deixada pelo antigo presidente Agostinho Fernandes, continua sem qualquer referência na sinaléctica urbana. E depois falam na Casa das Artes como uma casa de espectáculos para receber muita gente de fora. Imagino que muita gente que não sabe onde fica a dita casa tem de chegar a Famalicão com umas horas de antecedência em relação ao espectáculo. O Posto de Turismo, uma obra que demorou a parir, mas que está lá, bem feita, não tem qualquer placa que indique onde fica. Outra coisa engraçada é circularmos pela avenida central da cidade e lermos no chão ou nas rotundas a indicação de Espanha em direcção a Barcelos, como há 50 anos. Como se não houvesse auto-estrada para chegar à dita Espanha... Mas nem tudo é mau. O único hotel que a cidade tem – que é de terceira categoria e já não atrai equipas de futebol – deve ter mais placas a indicá-lo do que clientes para servir. Mas há mais. As oficinas gerais da Câmara Municipal, que ficam algures em Calendário, estão agora sinalizadas em todos os cantos e esquinas da zona sul da cidade. Valha-nos isso. Deve ser para os trabalhadores municipais não se perderem e chegarem a horas ao serviço.

Quinta-feira, Maio 17, 2007

Trabalho político

O PS de Famalicão continua em guerra. Nas primeiras páginas de todos os jornais locais, a grande notícia da semana, aquela que tem os títulos mais gordos, anuncia o fim da secção do PS em Ribeirão. Em causa está a falta de "trabalho político", segundo a proposta de extinção apresentada por Nuno Sá, que é presidente da Assembleia Geral da Secção de Residência de Ribeirão (um nome do caraças!...) e simultaneamente presidente da Concelhia do PS. À primeira vista, Nuno Sá, um profissional da política que também é deputado da nação, não fez o tabalho político todo. Porque se o problema dos socialistas de Ribeirão é a falta de "trabalho político", então Nuno Sá também deveria extinguir o PS de Famalicão. Isso sim, seria um "trabalho político" a sério.

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Os novos políticos

O presidente da JSD de Famalicão, Hugo Mesquita, foi escolhido para um novo cargo da JSD nacional. Era preciso dar um rebuçado à concelhia da JSD de Famalicão e a nova direcção nacional criou um cargo para resolver os problemas das comunidades. Não sabemos que comunidades são, se são comunidades gays ou comunidades heterossexuais. Esperemos que sejam as últimas. Bom, a ideia, segundo ficámos a saber depois pelos jornais, é que Hugo Mesquita vai ser o responsável da JSD nacional para acudir aos jovens portugueses que têm de emigrar por falta de oportunidades de emprego em Portugal. Ficámos a saber isso porque o próprio fez um press-realese com fotografia e enviou a informação para os jornais.
Mas no PS é igual ou pior. O deputado Nuno Sá, que é mais deputado do que líder do PS-Famalcão, foi escolhido para integrar mais uma comissão na Assembleia da República (aquilo deve ser um trabalho que dá para suar em bica...). Vai para a Comissão de Acompanhamento das Questões Energéticas. Como não tem tido nenhum trabalho político que se veja, nem nenhuma energia para o fazer, o PS-Famalicão, que é presidido pelo próprio Nuno Sá, emitiu logo um comunicado de autopromoção a elogiar as suas próprias qualidades. Quantos comunicados não haveriam se este rapaz algum dia fosse presidente da Câmara...
Tudo isto para concluir que andam todos malucos da cabeça, cheios de tiques parolos. E os famalicenses que se lixem. E o que é grave é que serão estes os políticos de amanhã. Assim, de facto, não vamos lá... O melhor será emigrar de vez, e esperar que o secretário das Comunidades da JSD de Portugal nos faça uma visita de vez em quando para sabermos as notícias da terra...

Quarta-feira, Maio 16, 2007

Abençoadas grandes superfícies

Hoje precisei de ir a uma relojoaria comprar uma pilha para o meu relógio. Quando cheguei à relojoaria onde costumo ir, no centro de Famalicão, o funcionário já estava do lado de fora a fechar a porta. "Já está fechado há muito!...", explicou o senhor, olhando para mim com ar de que eu é que estava a infringir qualquer coisa. Eram 19h10, hora a que lá pude chegar, depois de um dia de trabalho. A solução foi recorrer a uma loja do mesmo ramo no hipermercado Jumbo. Cheguei lá às 20h00, tive atendimento personalizado, ninguém olhou para mim com ar de enfado por ter de me atender e ainda tiveram sorte, porque, além da pilha para o relógio, comprei um colar para oferecer à minha mulher. É por exemplos da vida real como este que já não suporto aqueles que criticam as grandes superfícies e dizem que no comércio tradicional é que é. Mentira. O comércio tradicional está a falir porque trata mal os clientes. Quando entramos em muitas lojas parece que temos de pedir licença. Abre as portas das 9h00 às 19h00, como se as pessoas não trabalhassem, como acontecia antigamente em que só o marido trabalhava e a mulher, como dona de casa, é que fazia as compras durante o dia. Por isso, abençoadas grandes superfícies! E já agora abençoado comércio gerido por chineses, que estão sempre disponíveis para nos atender!

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O Super Cronista

Que os jornais famalicenses andam com falta de opinadores de qualidade, isso é um facto há já bastante tempo. Mas daí até aproveitarem e reciclarem, entre si, o mesmo artigo de opinião do mesmo cronista, isso é novo. A verdade é que tanto o jornal Opinião Pública como o Povo Famalicense publicaram, no prazo de uma semana, a opinião de António Cândido Oliveira acerca da comunidade cigana da Estação, transformando-o assim, numa espécie de Super Cronista.
Só mesmo a falta de opinadores de qualidade pode justificar tal facto, pois para além de ser um mau cronista, António Cândido Oliveira não demonstra, na maior parte dos seus textos, qualquer intenção de ser compreendido pelo leitor, cingindo-se à reprodução de frases soltas, sem contexto algum, e muitas vezes sem nenhum sentido.
O facto de fazer parte do conselho editorial do jornal Opinião Pública parece, no entanto, ter limitado a criatividade do super cronista, que optou por abordar, ao de leve o assunto dos Ciganos, na edição do passado dia 9 de Maio. Em contrapartida, no Povo Famalicense desta semana, foi-lhe dado mais espaço e a oportunidade de alargar um pouco mais o assunto, referindo os valores e os objectivos do realojamento dos ciganos da Estação.
Depois disto, fico ansiosa pela edição do próximo jornal no concelho, pois pode ser que António Cândido Oliveira decida levantar um pouco mais o véu sobre esta questão.

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Terça-feira, Maio 15, 2007

O aldrabão Martins

O vereador Mário Martins, um dos poucos socialistas famalicenses que ainda não foram perseguidos pelo jovem líder local do partido, o deputado Nuno Sá, tem tanto de inteligente e de defensor do interesse público da terra como de aldrabão. Um grande aldrabão! No jornal "O Povo Famalicense", um dos órgãos oficiosos do PS e dos proscritos da maioria PSD-CDS que governa Famalicão, com por exemplo Edna Cardoso e Tavares Bastos, o colunista Mário Martins escreve sobre a Bracalândia, que se transferiu de Braga para Penafiel. Mas até isso Martins usa para atacar Armindo Costa. Como se o presidente da Câmara não tivesse mais nada por onde ser atacado. Eis o que escreve o professor Martins: "E lá se ficou a ver por um "canudo" mais um investimento prometido para Vila Nova de Famalicão pelo presidente da Câmara. Seria o primeiro com alguma dimensão, mas perdeu-se em definitivo."
Como grande aldrabão, Mário Martins escreve mentiras com a naturalidade de quem escreve grandes verdades. Transforma um interesse da Bracalândia e um normal processo negocial que chegou a existir numa promessa da Câmara. A verdade é que nunca Armindo Costa prometeu a Bracalândia. Foi a Bracalândia que procurou a Câmara de Famalicão à procura de terrenos de borla.
Famalicão tem centralidade e tem excelentes acessos, mas também tem uma praga de patos-bravos que fazem fortunas na especulação imobiliária. Patos-bravos que não percebem nada sobre o processo de valorização de terrenos. Patos-bravos que não conseguem entender que uma estrutura como a Bracalândia em Famalicão seria uma forma indirecta de valorizar todo o sector imobiliário no concelho, pois seria um factor de atractividade de pessoas e negócios. Mas nos patos-bravos ninguém mexe. Nem sequer Mário Martins, que é tão amigo dos pobres e dos miseráveis.

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Segunda-feira, Maio 14, 2007

7 Mais de Famalicão

Imitando o programa de televisão da RTP “Os Grandes Portugueses” e aproveitando a eleição das Sete Maravilhas de Portugal, o jornal Opinião Pública, a Rádio Digital e a Famalicão TV uniram-se para, à escala de Vila Nova de Famalicão, elegerem “Os 7 Mais”, numa espécie de Shampoo “2 em 1”, em que de uma assentada só se decidem “As 7 Maravilhas” e “Os Sete Magníficos”.
Sem querer questionar a vocação e a pedagogia da iniciativa, que de resto veio importada de outros países, e tem-se vindo a disseminar por outros concelhos, ponho apenas em causa a escolha de determinados candidatos a magníficos, em detrimento de outros.
È o caso do Quim, guarda-redes titular do Benfica e suplente da selecção nacional, que apesar de ser famalicense de gema, natural de Delães, e do seu excelente currículo desportivo não foi nomeado candidato a magnífico. Por curiosidade do seu palmarés fazem parte apenas os títulos de Campeão Europeu Sub 18 ; Vencedor Taça de Portugal 2003/2004 ; Vice Campeão Europeu 2004; Vencedor da Super Taça 2004/2005; Campeão Nacional 2004/2005. Será que foi por esquecimento…
Outra dúvida recai sobre a eleição de Agostinho Fernandes, um presidente de Câmara Municipal que ainda recentemente viu o seu currículo manchado, por ter sido condenado a cinco meses de prisão pelo Tribunal local pelo crime de violação das normas de execução orçamental, tendo a pena sido substituída por multa.
Mas estes são apenas dois casos que suscitam grandes dúvidas. Veremos agora, como respondem os famalicenses…

Terça-feira, Maio 08, 2007

Jornalismo feito em cima do joelho

“Moínho”; “pronlongar-se”; “resgitar”; “Tavres”; “Aprobeita” e “postyura” são apenas algumas das muitas gralhas, que saltam à vista na edição do jornal “O Povo Famalicense” desta semana. Isto para além de erros de concordância em frases e acentos mal colocados.
Compreendo que algumas das gralhas sejam provocadas por um tipo de escrita rápida em teclado, devido à falta de tempo ou de meios humanos. No entanto, isso não serve nem deve servir de desculpa.
Quem escreve para um público, alargado ou não, deve ter o cuidado de reler os textos antes de os publicar. É uma questão de profissionalismo e respeito pelo leitor.

Terça-feira, Maio 01, 2007

Dia do Desempregado

Celebra-se hoje o Dia do Trabalhador. Um dia que é habitualmente aproveitado pelos sindicatos para manifestações de rua contra as políticas laborais do governo. No entanto, hoje em dia, as comemorações do 1 de Maio fazem cada vez menos sentido, se pensarmos nos milhares de portugueses que estão no desemprego.
Em vez, dos trabalhadores, que têm na maioria das vezes, o seu lugar e salário garantido, devíamos dar voz, àqueles que independentemente das suas qualificações e méritos não têm sequer direito a um lugar no mercado de trabalho.

Para que lado fica a Casa das Artes?

Reynaldo Gianecchini estreou na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão a peça “Sua Excelência, O Candidato”. Em todas as televisões, jornais e revistas se fez referência a este espectáculo, com entrevistas ao actor brasileiro a partir da Casa das Artes, como aconteceu, no programa da RTP “Só Visto”, na revista do jornal Sol “Tabu”, ou ainda na revista do Jornal de Notícias “Viva +”. Na TVI passaram trechos da peça, no palco da Casa das Artes. Foi realmente uma boa oportunidade para divulgar ainda mais esta grande casa de espectáculos de Famalicão.
No entanto, no dia em que a peça estreou apercebi-me de uma enorme falha da Casa das Artes. Uma amiga minha, grande fã de Reynaldo Gianecchini veio do Porto, de propósito para assistir à estreia da peça. Ligou-me na véspera a perguntar o melhor caminho para chegar à Casa das Artes. Tentei explicar-lhe o melhor possível, tendo em conta que ela não conhecia Famalicão. Antes de desligar, e ainda um bocado confusa com as indicações perguntou-me, se, ao chegar à cidade não havia sinalização para a Casa das Artes. A questão apanhou-me de surpresa, mas eu realmente não me lembrava de nenhuma placa a indicar o caminho. Um facto que acabei por confirmar mais tarde.
Como é possível que ainda ninguém se tenha lembrado de colocar sinalética a indicar o caminho para a Casa das Artes? Constituindo uma referência no panorama da cultura nacional, a Casa das Artes acolhe certamente muito público de fora de Famalicão, que tal como a minha amiga não faz ideia como chegar lá.
Será que custa assim tanto dinheiro colocar meia dúzia de placas na cidade a indicar a direcção desta casa de espectáculos, ou será que essa ideia ainda não passou pela cabeça das pessoas responsáveis.
A sério, pensem nisso. O público agradece e Famalicão fica a ganhar.
Ah! é verdade. A minha amiga perdeu-se, já ia a caminho de Braga, quando tive de ir ter com ela para ajudá-la a chegar à Casa das Artes.

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Quarta-feira, Abril 25, 2007

A Revolução

Na libertadora madrugada do 25 de Abril, quando o Movimento das Forças Armadas derrubou o regime fascista português e pôs fim à guerra colonial, eu ainda não era nascida. Soube pelos meus pais e professores o que se passou naquele glorioso dia. Soube que as pessoas antes do 25 de Abril não tinham liberdade, viviam numa ditadura, perseguidas por uma aterradora polícia chamada PIDE. Soube também que no dia 25 de Abril, o povo saiu para a rua celebrando a liberdade e a democracia com cravos nas mãos. Quando eu nasci, a liberdade, a democracia e a igualdade eram valores conquistados, talvez por isso, a minha geração e as seguintes nunca tenham dado a devida importância ao significado do 25 de Abril.
A nossa Revolução é outra. Hoje em dia vivemos uma época de crise marcada pelo desemprego, a pobreza, a injustiça e a exclusão social. Relembrar o 25 de Abril, actualmente é recuperar a esperança e reavivar o espírito de solidariedade e participação cívica conquistados pela geração dos anos 70, para podermos enfrentar os problemas actuais e os desafios do futuro.
No entanto, os fantasmas do passado ainda não estão totalmente enterrados. O ressurgimento de Salazar e a mediatização dada à propaganda do partido nacionalista, ensombram as comemorações da Revolução, ameaçando os valores conquistados.

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